Em um relato impactante, o filho do goleiro Bruno, Bruninho de Souza, que até então vivia à sombra do passado sombrio de seu pai, quebrou o silêncio e expôs publicamente seu profundo desprezo pelo homem que deveria representar o papel de figura paterna em sua vida.

Após 13 anos do hediondo crime que chocou o país, Bruninho, fruto do relacionamento extramatrimonial entre Bruno Samúdio de Souza e a modelo Eliza Samúdio, que foi brutalmente assassinada em 2010, revelou detalhes inéditos de sua relação tumultuada com o goleiro.

Sônia Samúdio, avó materna de Bruninho, compartilhou em uma entrevista ao podcast “Crimes Que Abalaram Minas”, da Record de Minas Gerais, as palavras do jovem em relação ao pai: “O meu papai querido me ama tanto que ele queria que eu fosse conhecer Deus antes do tempo.”

Bruninho, que segue os passos profissionais de Bruno como goleiro no time de base do Athletico Paranaense, em Curitiba, não apenas trilha seu próprio caminho esportivo, mas também se distância emocionalmente do legado do pai. Em uma declaração contundente, o jovem afirmou: “Eu sou melhor que ele.”

A condenação de Bruno pela morte de Eliza Samúdio em 2013 paira como uma sombra sobre a relação pai-filho. Mesmo com a redução da pena para 20 anos e 9 meses em 2017, e o subsequente benefício de cumprir parte da pena em regime domiciliar em 2019, a ferida aberta pelo crime permanece viva na mente de Bruninho.

O desprezo público do filho pela figura paterna não apenas expõe as cicatrizes emocionais deixadas pelo passado, mas também lança uma luz crua sobre a complexidade de aceitar a herança de um legado manchado pela tragédia e pelo crime.